quarta-feira, 17 de março de 2010

Discurso de Rui Vítor Costa na apresentação da Comissão de Honra de Guimarães




Discurso de Rui Vítor Costa, mandatário concelhio de Paulo Rangel, aquando da conferência de imprensa de apresentação da Comissão de Honra vimaranense.

Portugal atravessa um momento particularmente difícil da sua História.

Às questões económicas e sociais difíceis que hoje atravessamos – e que seriam por si só suficientes para a nossa profunda preocupação – junta-se, em Portugal, uma falta de confiança generalizada dos portugueses no seu próprio Estado. Uma falta de confiança na Política, na Justiça, e noutras instituições nucleares que paralisa o país e que tolhe a proverbial capacidade deste povo com 900 anos de História, fundado a partir de Guimarães, para sair do actual clima de apatia, medo e desconfiança.

Em alturas como esta que vivemos os inimigos da Democracia tentam desacreditá-la e atribuir as culpas da grave situação que vivemos à Política e aos políticos.
É um caminho possível, mas é um caminho sem saída que corrói a Democracia na sua alma, que a tenta desmerecer enquanto o “governo do povo” e que a deixa vulnerável aos inimigos da sociedade aberta, livre e plural.

O nosso país fundou-se e cresceu não só por força da guerra, mas também – e sobretudo - pela habilidade política dos seus governantes.

Mais recentemente, no 25 de Abril, Portugal soube construir pela via política uma Democracia que trouxe liberdade, modernidade e mais equidade.

É altura de olhar para a actual situação política em que o país está não como um beco sem saída, mas como uma oportunidade para, nas dificuldades que actualmente enfrentamos, construirmos um país melhor e com futuro.

Deve-se ao PSD algumas das maiores conquistas da nossa Democracia. A devolução à sociedade civil do poder, a modernização do país e o progresso que alcançamos tem no PSD o seu principal impulsionador. Foram os governos de Sá Carneiro que libertaram o país da tutela militar e das derivas totalitárias, foram os governos de Cavaco e Silva que modernizaram o país e o transformaram num país mais justo e mais próximos dos padrões europeus.

A herança que o PSD nos deixou nas últimas décadas de Democracia é por isso uma boa herança. E é sobretudo uma herança que nos deve dar fé para o futuro.

E nestes tempos de descrença é importante que o PSD lidere e saiba liderar e reconquistar a confiança dos portugueses em si próprios. Não é a confiança dos portugueses no PSD que nós devemos procurar, mas sobretudo a confiança dos portugueses em si mesmos que deve ser a nossa batalha política. O resto virá por acréscimo.

Por isso estas eleições directas são tão importantes. E por isso, não desmerecendo os outros candidatos, entendemos que o Dr. Rangel é o melhor candidato que o PSD pode apresentar a Portugal para liderar o país numa nova rota que rompa com o actual estado de coisas, com o actual desgoverno em que o PS tem mergulhado o país.

Não são apenas as extraordinárias capacidades políticas do Dr. Paulo Rangel, que garantiram ao PSD uma importante vitória eleitoral e o afirmaram como um notável líder do grupo parlamentar, que o recomendam. Não. São sobretudo as suas capacidades pessoais que o tornam o líder ideal para o PSD: a sua coragem, a sua determinação e a sua vontade de romper com o actual apodrecimento do nosso sistema político são a sua marca pessoal que o país precisa para sair deste ciclo de descrença e de descrédito.

Portugal precisa de um novo rumo que não mascare as dificuldades, que não use a meia-verdade, ou mesmo a mentira, mas de um rumo que assuma uma nova postura, decidida, verdadeira e corajosa, que motive os portugueses a conquistar o futuro que vem sendo (estupidamente) desbaratado ao longo dos últimos 15 anos.

Damos hoje a cara pelo Dr. Paulo Rangel porque acreditamos que ele é a solução para Portugal; e que tem a capacidade de unir em torno de si os portugueses.

Poderíamos “ficar no sofá” ou alinharmos pela táctica. Não faremos nem uma coisa, nem outra.

O PSD e Portugal não se compadecem, hoje, com tibiezas ou calculismos. Portugal precisa de romper com este estado de apatia e desesperança em que vivemos. É altura de reconstruir, como em outras alturas da nossa História, o nosso país. E é no exemplo da sua História, quando os nossos governantes decidiram romper com o marasmo, que devemos arranjar as forças e o exemplo para construir um novo e melhor futuro.

Rui Vítor Costa

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