quarta-feira, 24 de março de 2010

Discurso de Francisca Almeida na apresentação da moção de estratégia global


Desde que sou militante do Partido Social Democrata, e descontando o período de militância exclusiva na JSD, o PSD já apresentou ao país 5 diferentes líderes. E enquanto se ocupava destas lutas internas, os sucessivos Governos do Partido Socialista desgovernaram o país.

O Resultado está há vista: temos hoje um país fortemente endividado, um país onde a taxa de desemprego já vai além dos dois dígitos, um país de fortes assimetrias regionais e sociais, um país sem rumo em áreas tão estruturais como a educação, a justiça, o desenvolvimento regional. Mais: temos hoje um primeiro- ministro que, sucessivamente, falta à verdade aos portugueses e que é o primeiro a contribuir para descredibilizar Portugal e a política portuguesa, já que sobre o PM paira o anátema de ver o seu nome envolvido, de uma forma ou de outra, nos mais mediáticos processos judiciais de controlo dos meios de comunicação social.

Raras vezes Portugal terá precisado tanto do Partido Social Democrata. O país está de olhos postos nas próximas eleições directas, o país, e em especial os jovens Portugueses, estão a olhar para o PSD na ânsia que o dia 26 traga consigo um renovado fôlego de esperança.
A realidade dos jovens portugueses é hoje particularmente difícil, o futuro da nossa geração é insustentavelmente incerto!
Portugal convive hoje com uma das maiores taxas de desemprego de que a juventude portuguesa tem memória. O desemprego jovem atingiu o maior número de sempre no quarto trimestre de 2009, representando mais de 20% da população activa com menos de 25 anos. Os jovens universitários portugueses são mais afectados pelo desemprego de longa duração do que a média dos universitários desempregados nos restantes países da OCDE.
Mais: a escola laxista e facilitista do Governo Socialista coarcta-lhes mais possibilidades do que aquelas que lhes oferece: não é certamente por acaso que segundo um estudo recente da OCDE, a mobilidade social em Portugal em termos educacionais e salariais é das mais fracas entre os países-membros.

E perante este estado de coisas o que faz o Governo do Eng. José Sócrates? Alaga o ensino obrigatório para o 12.º ano?! É esse o factor diferenciado e gerador de oportunidades para os jovens portugueses? Não é certamente, caros amigos e companheiros.
Serão então os Inov’s ou os estágios na Administração Pública, que começam logo com um fim à vista e supõe uma realidade nem sempre transponível e valorizada no sector privado – garantidamente, também essa não é a solução.

Os jovens portugueses já quase conseguiram esquecer que a possibilidade efectiva de construírem um percurso pessoal e profissional no seu próprio país - e dentro do seu próprio país, na sua cidade ou região - não pode nem deve ser vista como um mero golpe de sorte. É, outrossim, um direito elementar de que foram desapossados no curso de praticamente 15 anos de governação socialista.
Portugal vem desperdiçando a uma velocidade avassaladora aquilo que tem de mais precioso: os jovens que formou e qualificou para assegurarem o nosso progresso e desenvolvimento enquanto país e que estão paulatinamente a deixar-nos naquela que é já a maior vaga de emigração desde os anos 60.

Um Governo – qualquer que ele seja – não pode nunca perder de vista que o desvio dos nossos jovens, para o estrangeiro ou mesmo para os grandes centros urbanos, constitui o maior factor de empobrecimento de uma região e de um país, e porventura até o que mais fortemente compromete e condiciona o progresso, o desenvolvimento e com isso o bem-estar das gerações futuras.

E por isso, eu pergunto: que projecto pode ser mais aliciante para a juventude portuguesa do que aquele que elege como principal propósito e objectivo o de libertar a minha - a nossa - e as gerações futuras do peso do endividamento que nos aprisiona num dia-a-dia sem oportunidades?
Que projecto pode ser mais mobilizador para os jovens portugueses do que aquele que visa justamente libertar o futuro e restituir-lhes o direito ao sonho e à ambição? Que se propõe devolver-lhes o direito a viverem num país que não condiciona à partida as suas aspirações, um país onde não sintam que a sua capacidade de projectar o futuro está tolhida por um status quo que não os deixa progredir.
Não é por acaso que o Paulo Rangel é o mais jovem de todos os candidatos e é também o único a eleger os jovens e a juventude portuguesa como o desígnio prioritário da sua candidatura.

O propósito de libertar a nossa geração da hipoteca que nos aprisiona o futuro, a ruptura com a escola laxista e amplificadora das desigualdades sociais, a par da aposta clara e inequívoca num ensino profissional que desmistifica de uma vez por todas o sacro-santo entendimento de que um país desenvolvido é um país de doutores e engenheiros, são parte de um projecto político claro e sustentado que desvenda uma luz de confiança para a juventude portuguesa.

“Libertar o Futuro” é já mais que o lema de uma candidatura, é a expressão da esperança para milhares de jovens perdidos num Portugal amorfo, num Portugal em degenerescência, num país sem oportunidades.

Francisca Almeida, discurso feito na apresentação da moção de estratégia global de Paulo Rangel.

Paulo Rangel sobre Educação e o PEC




Declarações de Paulo Rangel durante a visita de ontem ao ISMAI.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Alberto João Jardim manifesta apoio a Paulo Rangel


O Partido Social Democrata, sexta-feira 26 de Março, vai eleger um novo líder nacional.Na Madeira, o PSD nunca passou pelas convulsões que tem vivido no Continente. Com as responsabilidades de governação que detém, tal seria desastroso e teria impedido a estabilidade firme que permitiu a recuperação dos atrasos seculares, impostos pelo poder colonial de Lisboa.
Aliás, a ter seguido esse figurino, há muito tempo que o PSD/Madeira já não conduziria a governação, pois a Sabedoria do Povo Madeirense não consentiria, no poder, quem não se sabe entender dentro da sua própria casa.

E a razão porque o Partido Social Democrata da Madeira nunca andou a fazer as figuras tristes que se viram e vêem no Continente, é porque se mantém firme à Ideologia, tem Causas e os seus Militantes e dirigentes possuem uma formação cívica de responsabilidade, de solidariedade mútua e de disciplina democrática.
Só depois, e a partir de aqui, é que entra o pragmatismo da operacionalidade e das concretizações.
Infelizmente, nos últimos anos, o PSD nacional não entendeu isto.

A adoração do «bezerro de ouro», o endeusamento do ganhar dinheiro a qualquer preço. A recusa da Ideologia numa pós-moderna secundarização de Princípios, Valores e Ética, facilitada pela mediocratização cultural a que se assiste também no interior dos Partidos e aos mais variados escalões territoriais, agravada pelo assalto de oportunistas à procura de ascensão social, bem como pelo auto-afastamento generalizado dos melhores Quadros, legitimamente incomodados com o tom assumido pela vida pública.

Sexta-feira, os Militantes do PSD/Madeira irão participar na escolha do líder nacional, nas respectivas sedes de Freguesia, ainda que fartos e críticos dos caminhos indigentes que o PSD trilha no Continente.

Cada um escolherá em sua Consciência.

Cada Militante autonomista do Partido Social Democrata da Madeira, sabe quanto vem custando defender os Direitos do Povo Madeirense, sabe quanto custa o esforço de recuperação do atraso de séculos, sabe o que agora temos pela frente, após a tragédia de 20 de Fevereiro.
Cada Militante do PSD/Madeira já percebeu o que se esconde por detrás de certo discurso de «modernidade», de «esquerda» (como se o PSD fosse um partido de «esquerda» e o fossem os feitores do Grande Capital!...), de «ruptura com o passado» (veja-se o atrevimento!...), de «mudança geracional» (todos os candidatos até são da mesma geração!...). Trata-se de conversa fiada.
Conversa fiada, porque o que está por detrás de tal discurso, são interesses económicos de uma plutocracia cujo tal deus é o «bezerro de ouro» e cujos desígnios sinistros assenta num «bloco central» não político, mas num «bloco central do dinheiro» a consolar sectores ditos sociais-democratas com a partilha dos lucros obtidos.

A luta do PSD/Madeira foi sempre, também, a da afirmação do poder político sobre o poder económico, considerando este necessariamente subordinado ao Bem Comum, interpretado pelos competentes Órgãos políticos dotados de legitimidade democrática.
E, felizmente, a grande maioria dos Empresários com inteligência, compreendeu ser este o caminho certo.
Mas os Militantes sociais-democratas da Madeira sabem como têm vivido uma luta, por causa de «interesses» da Madeira Velha e outros mais recentes não quererem aceitar estas regras do jogo.
Seria catastrófico entregar o PSD nacional, nas mãos de testas-de-ferro de uma plutocracia impiedosa ante os Direitos do Povo.

Se o Partido Social Democrata cair em mãos próximas ou convergentes com certos “interesses” da plutocracia e do Sistema político reinantes, mãos onde se viu já assumida uma estratégia anti-Autonomia Política para hostilizar e anular os sociais-democratas madeirenses, não tenhamos ilusões. Estará em causa a solidariedade de até agora, por parte do PSD nacional.

Ora, este momento da Madeira, ainda por cima num quadro de crise internacional generalizada e particularmente mais acentuada em Portugal, não nos deixa tempo para uma eventual necessidade irremediável de despender ainda mais energias, no caso procurando outros caminhos e voltando a recomeçar em termos político-partidários diferentes.Nesta conjuntura partidária, e com um espectro político-cultural infelizmente tão reduzido, obviamente que tenho de escolher.

Como sempre, faço-o pela minha cabeça e, também como sempre, desprezando as preocupações dos oportunistas em “tomar o carro do vencedor”, que não faço a mínima ideia quem venha a ser.
O único que me dá garantias mínimas de plena identificação com o património doutrinal do Partido Social Democrata, concretizado na prática com sucesso, que é a Autonomia Política da Madeira, trata-se de Paulo Rangel.

Digo-o publicamente, por ser minha convicção.
Digo-o publicamente, sem fazer qualquer apelo aos restantes autonomistas sociais-democratas madeirenses, pois cada um decidirá em consciência.
Digo-o publicamente, por dever de transparência para com os meus Companheiros do PSD/Madeira.
E quanto a certas “amizades”, urdidas e “promocionadas” – com que dinheiro?... – em projectos de tomada do poder, limito-me a estar onde sempre estive bem. Melhor com o Povo, do que em exibicionismos ridículos.

Porque o Povo sempre me ensinou: “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”.

Alberto João Jardim

Moção de Estratégia Global de Paulo Rangel


domingo, 21 de março de 2010

Rangel no Minho













Paulo Rangel em Guimarães


Paulo Rangel esteve ontem no distrito de Braga, numa série de encontros com militantes em diversas secções. A necessidade de combater os desequilíbrios regionais foi a tónica da intervenção em Guimarães, onde se destacou a participação do histórico social-democrata Fernando Alberto Ribeiro da Silva, numa sessão que contou ainda com as intervenções dos deputados vimaranenses Pedro Rodrigues, líder nacional da JSD, e Francisca Almeida, mandatária nacional da juventude.

No jantar em Barcelos com mais de 300 militantes, Paulo Rangel contou com os apoios dos líderes da concelhia do PSD, Félix Falcão, e da JSD, Albino Silva, assim como do presidente da Assembleia Municipal, Costa Araújo. Perante uma assembleia entusiasta, o candidato à liderança do PSD destacou a importância de um Estado mais justo para todos os portugueses, independentemente da sua localização geográfica, sem distinções ou discriminações regionais.

Para Paulo Rangel, torna-se absolutamente prioritário proceder à “correcção das assimetrias regionais e locais”, que “têm vindo a ser agravadas com as políticas dos sucessivos governos socialistas, que quase abandonaram dois terços do País, privilegiando a região mais rica de Portugal”.

“Não se trata de falar contra Lisboa, bem pelo contrário, porque este excesso de investimento na Capital intensifica a concentração e a procura numa região já demasiado saturada, provocando maior degradação de condições sociais e qualidade de vida”, frisou Paulo Rangel, lembrando que o Norte é a região mais pobre do País e fortemente prejudicada pela falta de rigor e transparência do actual governo na gestão dos investimentos públicos.

Em seu entender, “torna-se necessário definir e concretizar verdadeiras políticas de coesão e desenvolvimento regional, privilegiando as regiões mais carenciadas, com mais desemprego e pobreza e com baixa densidade demográfica, em vez de se persistir em grandes investimentos centrados na capitalidade de Lisboa, para ela desviando investimentos públicos e fundos comunitários muito relevantes”.

As próximas eleições directas no PSD


Tornei-me militante do PSD logo após a sua fundação - Maio de 1974. Empenhei-me activamente desde então e desempenhei, ao longo de mais de 20 anos, cargos de vária natureza no partido e nas instituições políticas do meu país, entre outros.
A minha postura sempre foi, e penso que me farão essa justiça, mesmo que de mim não gostem, de serviço e de entrega às causas em que acreditava. Ganhei muitas dores de cabeça e inimizades pela frontalidade com que sempre afirmei as minhas convicções. Compensei essas amarguras com a tranquilidade da minha consciência e o reconhecimento de muita gente de quem me tornei amigo e cuja amizade prezo e respeito.
Quando entendo que devo falar, falo. Mesmo que isso me retire a aura de senador que me devia dar hoje outra calma e distanciamento. Mas que hei-de eu fazer?...
O meu partido está hoje, novamente, num processo de escolha de uma nova liderança. E essa escolha é feita numa altura particularmente difícil da nossa História em que o país é olhado com desconfiança e descrédito pelos nossos parceiros europeus e, pior que isso, em que os portugueses não acreditam em si próprios e nas suas instituições. O PSD tem no actual contexto uma responsabilidade fundamental que é a de inverter o actual ciclo de decadência e de apodrecimento das instituições. É no PSD que o olhar de muitos portugueses hoje se concentra.
Quando o processo da nova liderança começou pensei guardar para mim as minhas próprias ideias sobre o que via. Ainda para mais porque a um dos candidatos, o Dr. Aguiar Branco, me ligam laços de profundo respeito e admiração pessoal, quer do ponto de vista profissional quer do ponto de vista político. No entanto a minha escolha é clara e tenho que a afirmar, sob pena de me sentir noutra pele que não a minha, e que me impele a dizer sempre o que penso e o que sinto. Entendo que o Dr. Paulo Rangel, além de um político preparado, é um homem que tem a "chama" que o partido precisa para conquistar os portugueses.
Sinto na candidatura do Dr. Paulo Rangel, na sua postura e no seu discurso, o meu partido virado novamente para as classes sociais que o fizeram grande e determinante para a modernização do país. Sinto que os problemas do comerciante, do agricultor, do pequeno industrial, do quadro médio do meu país, contam novamente.
O PSD só se justifica como partido interclassista, virado para os problemas concretos das pessoas. E essa característica vinha-se perdendo no meu partido, demasiado voltado para si mesmo e em menor grau para o país.
Paulo Rangel pode libertar o PSD, demasiado preso a si mesmo nos últimos anos, para fazer cumprir um pais descrente como é hoje Portugal.


Fernando Alberto Ribeiro da Silva, advogado, ex-governador civil de Braga e deputado na Assembleia Constituinte pelo PPD, no jornal Público de ontem.

sábado, 20 de março de 2010

Por uma classe média forte (II)

Existe um sector fundamental para criar mais justiça social: a Educação, que é um dos pilares do meu projecto de ruptura para a sociedade portuguesa.

O principal problema da Educação em Portugal é a falta de rigor e exigência das escolas, é a circunstância de não se transmitir aos alunos os conhecimentos necessários durante o processo de aprendizagem. Temos de pensar que as classes mais desfavorecidas só têm um lugar onde podem aprender e, consequentemente, subir socialmente. Sabemos que as classes mais favorecidas podem recorrer ao ensino privado, podem ter explicações, que têm um ambiente sócio-económico e cultural favorável. Mas as classes mais desfavorecidas, que o PSD com a sua matriz humanista não pode abandonar, só têm um lugar para progredir socialmente, e esse lugar é a Escola. Por isso nós temos de aproveitar as capacidades das crianças, de puxar por elas, em vez de ser facilitistas e laxistas, como têm sido as políticas socialistas na Educação em Portugal. Daí a minha visão para o sector, que rompe com esta cultura que está impregnada nas escolas portuguesas.

Paulo Rangel

Opinião: Rui Vítor Costa


Previsivelmente Irracional

“(…) e os animais ficavam para ali, cheios de moscas, a enterrarem-se sozinhos: quando não se enterra uma coisa viva a coisa sepulta-se sem ajuda, a pouco e pouco.”
António Lobo Antunes. A noite treme in Visão (18.02.10).

Dan Ariely é um investigador israelita na área do comportamento, pertencente aos quadros do MIT (Massachusetts Institute of Technology), prestigiada Universidade norte-americana situada na cidade de Boston. Este cientista desenvolveu recentemente uma curiosa teoria que, basicamente, diz que o homem apesar de ser um ser (inquestionavelmente) racional adopta frequentemente, e de forma absolutamente previsível, comportamentos francamente irracionais desde que tenha o engodo certo.

E a política nacional é, sem dúvida nenhuma, um fértil campo de exemplos para estes comportamentos.
Vejamos então os últimos desenvolvimentos da Face Oculta (cada vez mais escancarada!) na perna do polvo que tem a ver com o controlo da comunicação social.

O que é que se percebe das escutas? Basicamente que um conjunto de homens da confiança do Primeiro-Ministro (PM) se envolveram em manobras para calar jornalistas e meios de comunicação não alinhados ao Governo, envolvendo para isso meios do Estado.

O que é que se esperaria do PM? Provavelmente que o PM dissesse que aqueles senhores que assim falaram agiram mal, descarada e abusivamente, e que continuaria a governar o País de acordo com a vontade expressa nas urnas. Ou então, por outro lado, se fosse o caso, reconheceu que agiu mal e que por isso se demitia. Em qualquer dos casos a atitude tomada seria racional, consequente e responsável.
O que é que aconteceu? O PM veio dizer que a revelação das escutas é ilegal e por isso nada comenta e que tudo não passa de “mais uma” calúnia. Disse que o conteúdo das escutas era falso? Não, não disse. Reduziu o caso, uma vez mais, a uma perseguição pessoal.
O que se esperaria dos altos magistrados da nação? Que dissessem que as escutas eram falsas e os autores de tal falsidade iriam ser processados. Ou então, que o Procurador-Geral da República (PGR) cumprisse uma “vontade” que deixou há uns tempos ao semanário Expresso e divulgasse publicamente as escutas e os seus despachos. Isso seria racional e transparente e permitir-nos-ia aferir da bondade das suas decisões.
O que fez o PGR? Disse que não encontrou nas escutas nenhum “atentado ao Estado de Direito”, que as escutas sem outros meios de prova não são suficientes e que discordava das conclusões que o juiz de Aveiro e o delegado do Ministério Público escreveram. E um caso de tanta gravidade não implicaria que todos nós conhecêssemos as razões dessa discordância? De forma racional e transparente?

Acreditando, como eu acredito, racionalmente, que os políticos como as pessoas não são todos iguais - e ainda bem que não o são – vejamos também o que o PSD nos oferece neste seu processo de escolha de novo rumo e nova liderança.
Marcelo Rebelo de Sousa olhando para a situação do país “esticou a corda” afirmando que estaria disponível para ser líder se o partido o visse como uma solução de consenso e todos os grupos e grupelhos se unissem, ou pelo menos se calassem, em torno de um objectivo maior: o País. Não foi escutado. Foi demasiadamente racional. Exigiu talvez o impossivelmente racional e perante a irracional apatia quase geral, disse adeus.
No terreno perfilam-se então três fortes e credíveis candidaturas que apontam caminhos distintos: Pedro Passos Coelho para “mudar”, Aguiar Branco para “unir” e Paulo Rangel para “romper”.
E o país afinal necessita de quê? Necessita de uma correcção de rumo? Necessita de uma união que pressupõe sempre uma “quadratura do círculo”? Ou precisa de ruptura pura e simples?
Cada um, militante do PSD ou não, fará o seu juízo. Por mim só há um caminho: o da ruptura. E uma ruptura com um homem – Rangel – que tem a capacidade pessoal e a convicção para o fazer; e que veio trazer à política uma visão fresca e nova de quem chega ao serviço público com carreira feita.
A ver vamos se o PSD consegue, como já o fez no passado, ser imprevisivelmente racional.
Eu acredito nessa possibilidade.

Rui Vítor Costa, mandatário concelhio de Paulo Rangel.


Artigo originalmente publicado no jornal Comércio de Guimarães a 23 de Fevereiro de 2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vídeo Canal Guimarães sobre candidatos à liderança PSD


Notícia do Canal Guimarães.

Paulo Rangel apresenta a sua Moção de Estratégia Global

A Moção de Estratégia de Paulo Rangel será apresentada pelo seu autor no próximo dia 20 de Março, às 15h00 nas Caves Ferreira em Vila Nova de Gaia. Esta sessão reveste-se de especial significado para o candidato, que nasceu e viveu até aos 27 anos em Vila Nova de Gaia.

A moção “Libertar o Futuro” foi redigida por Paulo Rangel e é um documento fundamental para a compreensão do projecto que esta candidatura preconiza para o PSD e para Portugal.

Nesta apresentação irão estar presentes como oradores o Mandatário Nacional António Capucho e a Mandatária Nacional da Juventude Francisca Almeida.

Paulo Rangel no distrito de Braga

Programa da visita

09h30 – Vizela:
Ponto de encontro: Casa do Povo, para tomar ‘café’.
Ida a pé à sede concelhia do PSD para encontro com militantes.

11h00 – Vila Nova de Famalicão:
Ponto de encontro: Praça D. Maria II (centro da cidade, junto a Fundação Cupertino de Miranda)
Mini acção de rua - Percurso a pé até à sede concelhia para encontro com militantes.

13h00 – Esposende:
Almoço com militantes e Comissão de Honra: Restaurante Reguenga, na freguesia de Antas (Saída A28-Antas, frente Quinta da Malafaia)

15h00-Vila Nova de Gaia:
Paulo Rangel apresenta Moção de Estratégia e Comissão de Honra. Direcção de campanha pede para mobilização de todos os Mandatários e elementos da Comissão de Honra

18h30 – Guimarães:
Hotel Guimarães – encontro com militantes

20h00 – Barcelos:
Jantar: Quinta da Poça, em Gamil
Após saída da autoestrada em Barcelos, seguir à direita na circular urbana em direcção a Braga/ Centro - virar na primeira saída à direita – virar na primeira estrada à esquerda, que está situada poucos metros antes da primeira rotunda – 200 metros à frente está a Quinta do Paço.

21h30 - Braga:
Hotel Turismo – Sala Minho – Sessão com militantes

Por uma classe média forte (I)

O meu projecto de ruptura ambiciona para Portugal uma classe média forte e pujante, e isso só poderá ser alcançado através da obtenção de justiça social. Esta faz parte do património indeclinável do PSD e não teremos uma social democracia moderna se não existir justiça social. O meu sonho, que julgo ser também o sonho de todos os militantes do PSD, é um pais em que haja uma classe média forte, não só na economia, mas que seja também forte no conhecimento e na informação. Uma classe média que seja capaz de lidar com o mundo globalizado da informação e da tecnologia. A criação de uma classe média culta deve ser também o nosso projecto para Portugal. Para isso temos de ter politicas concretas ao serviço deste objectivo.

O Estado e a política devem constituir um elevador, um ascensor social que faça com que aqueles que vivem pior, melhorem o seu nível de vida, e aqueles que vivem razoavelmente, vivam ainda melhor. Para isso ser alcançado, devemos ter políticas concretas. Do ponto de vista económico, é essencial o dinamismo da nossa economia. Temos de diminuir os custos das empresas, de promover o sector exportador e o sector que concorre com as importações. Temos de baixar os custos de produção, de criar emprego através dessa competitividade externa e desse dinamismo económico. Com isso estaremos a criar uma classe média e a fortalecer as classes mais desfavorecidas.

Paulo Rangel

A entrevista da RTP



Paulo Rangel esteve esta noite na Grande Entrevista da RTP1, com Judite de Sousa, onde teve a oportunidade de apresentar algumas ideias do seu projecto de ruptura para o PSD e para o país. 
Em jeito de antecipação da sua Moção de Estratégia Global, que vai ser apresentada no próximo Sábado, Rangel afirmou que é necessário que o PSD lidere uma “descolonização do Estado”, criticando o “clima de promiscuidade entre interesses públicos e privados”. Rangel disse ainda que os militantes escolherão livremente, entre um projecto de ruptura e outro de soluções mitigadas e até de uma certa convergência com o PS. 
Durante a entrevista, Paulo Rangel lançou o desafio a José Sócrates para “responder em pessoa às perguntas da Comissão Parlamentar de Inquérito, seguindo o exemplo de outros líderes europeus” em situações semelhantes. Desta forma, o Primeiro-ministro daria um contributo para o esclarecimento e para a dignidade das instituições. 
Paulo Rangel considerou que o PEC não devia ser votado na Assembleia da República, pois desta forma está a “tentar transferir responsabilidades à oposição”. Afirmou ainda o voto na AR não é vinculativo, pelo que “se o governo tivesse decência assumiria o PEC como seu”. 
No decorrer desta entrevista, Paulo Rangel defendeu também uma revisão constitucional na área da justiça. 

A entrevista já está disponível no site da RTP

Declarações de apoio a Paulo Rangel

Declarações de apoio à candidatura de Paulo Rangel durante o XXXII Congresso do PSD.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Paulo Rangel defende Presidentes de Junta

Vídeo Canal Guimarães sobre candidatura


Notícia do Canal Guimarães sobre candidatura de Paulo Rangel.

Entrevista na RTP

Hoje Paulo Rangel vai ser entrevistado por Judite de Sousa, no programa "Grande Entrevista" na RTP1. Às 21 horas.

Apresentação Mandatário Nacional


Apresentação do mandatário nacional da candidatura de Paulo Rangel, António Capucho.

O Presidente da Câmara Municipal de Cascais, António Capucho, foi hoje apresentado como Mandatário Nacional da candidatura de Paulo Rangel à líder do PSD.

António Capucho aderiu ao PSD em 1974, tendo exercido o lugar de deputado da Assembleia da República por diversas vezes entre 1980 e 1999. Foi ainda Ministro da Qualidade de Vida no IX Governo e Ministro dos Assuntos Parlamentares entre 1987 e 1989. Nesse ano foi eleito Eurodeputado e Vice-presidente do Parlamento Europeu. No PSD desempenhou funções de Secretário-geral, Vice-presidente e ainda líder do grupo parlamentar da Assembleia da República. Desde 2001 que é Presidente da Câmara Municipal de Cascais. É membro do Conselho de Estado Português.

Francisca Almeida é mandatária nacional da juventude de Paulo Rangel


A Deputada Francisca Almeida é a Mandatária Nacional de Juventude da candidatura de Paulo Rangel a líder do PSD.

Advogada de 26 anos, natural de Guimarães e actualmente a exercer funções de Deputada do PSD na Assembleia da República, é a mais jovem Deputada da bancada do PSD.

Em Guimarães é deputada na Assembleia Municipal desde 2005, foi vice-presidente da JSD Guimarães e membro da Comissão Política de Secção do PSD.

Francisca Almeida foi aluna de Paulo Rangel na Universidade Católica do Porto.

Credibilizar a Justiça

A Justiça portuguesa atravessa uma crise sem precedentes na vida da nossa democracia. Se há área da vida do Estado onde crescem as queixas da diferença de tratamento e dos obstáculos ao desenvolvimento económico e à liberdade pessoal é a justiça. O problema central é, porém de natureza constitucional e política, e tem a ver com a credibilidade, a legitimidade e a confiança no poder judicial. Devemos, pois, separar os dois planos.

Um primeiro tem a ver com uma reforma global do poder judicial, que exigirá uma revisão constitucional e uma participação dos actores políticos e dos actores profissionais. Creio, aliás, que a haver alguma transformação de sistema político, ela deve partir de e assentar na questão da justiça. Mas importa também sublinhar que, a par ou independentemente dessa reforma de tipo constitucional, muito pode ser feito e posto no terreno. A principal peia da justiça – designadamente, na sua vertente privada e económica – é a morosidade. O aumento da celeridade passa inevitavelmente por uma alteração do processo civil, no sentido da sua simplificação e da atribuição ao juiz de um forte poder discricionário, capaz de travar os ímpetos garantistas das partes. Poder que há-de ser compensado com uma avaliação e aferição de tipo externo.
Defendo várias medidas que podem contribuir para resolver esta situação. Por exemplo, não se compreende que havendo uma rede de mais de 400 notários, bem distribuída pelo país - hoje esvaziada de competências pela contra-reforma Sócrates à mais bem sucedida reforma de sempre na justiça que foi a privatização do notariado -, que essa rede, porventura acrescentada dos conservadores a carecerem de processo de privatização paralelo, não seja dotada de competência para resolver pequenos litígios, libertando os tribunais.
Não se compreende, também, que os tribunais fiscais - que são de longe dos mais morosos e onde em 2005, quando passei pelo Ministério da Justiça, estavam pendentes mais de 20.000 milhões de euros - não sejam modernizados e apetrechados com o dobro do número de juízes e de funcionários especializados. Com um investimento que não chega aos 100 milhões de euros - imagine-se! - o Estado poderia facilmente recuperar alguns milhares de milhões de euros.

Num outro plano, que não o da justiça das causas privadas e económicas, tem de pôr-se a justiça criminal. Nesta área também defendo uma ruptura com as políticas do passado. Em face de um mundo globalizado, com ameaças difusas à segurança e aos bens pessoais e colectivos, impõe-se agora uma visão articulada e integrada das áreas da defesa, da administração interna e da justiça criminal. É necessário ter em vista que, muitas das funções policiais e de protecção civil dos nossos dias, requerem capacidade militar.

Precisamos, pois, de integrar funções policiais, militares e às vezes judiciais. A par de tudo isto, segue a necessidade do cruzamento de informação, seja em sede preventiva, seja em sede de perseguição e repressiva.

Paulo Rangel

Apelo à ruptura

Texto publicado no blogue oficial da candidatura, a 15 de Março de 2010.

Neste fim de semana tive a oportunidade de apresentar no Congresso de Mafra a minha visão para o país. Acredito que os militantes do PSD perceberam que a minha candidatura apresenta-se como a única capaz de vencer os desafios dos próximos anos.

Eu julgo que aquilo que é essencial e verdadeiramente importante fazer nesta altura pelo país e pelo Partido Social Democrata, é apresentar aos portugueses um projecto claro, um projecto que rompa com 15 anos de governos socialistas. E se formos capazes de apresentar esse projecto de ruptura, de o apresentar com clareza e com firmeza, eu não tenho dúvidas que vamos mobilizar a sociedade portuguesa, que vamos vencer as eleições e transformar Portugal. E que, tal como no passado, vamos arrastar os nossos adversários para virem fazer connosco a ruptura que Portugal precisa.

Faço aqui um apelo aos militantes do PSD que ainda têm as quotas em atraso, para as pagarem até amanhã, data limite para regularizar a situação. Só assim podem ajudar a minha candidatura a vencer as eleições directas, para depois podermos transformar Portugal num país mais evoluído, mais justo e mais solidário. Só quem tiver as quotas em dia poderá votar no dia 26 de Março. Cada militante representa um voto, e por isso, a decisão está nas mãos de cada um.

Paulo Rangel

Visita de Paulo Rangel a Guimarães

Paulo Rangel estará em Guimarães no próximo sábado, dia 20 de Março, para um encontro com militantes. A sessão será no Hotel de Guimarães, pelas 18:30.

Todos os interessados em conhecer as propostas de Paulo Rangel para o partido e para Portugal estão convidados.

Local do encontro:

Composição da Comissão de Honra da candidatura de Paulo Rangel no concelho de Guimarães

Rui Vítor Costa – professor, mandatário concelhio, ex-presidente da CPS PSD, ex-vereador e candidato à Câmara Municipal de Guimarães
Francisca Almeida – advogada, mandatária nacional da juventude, deputada à Assembleia da República, deputada municipal, antiga vice-presidente da JSD Guimarães
Pedro Rodrigues – advogado, presidente da CPN JSD, deputado municipal
Roriz Mendes – empresário, ex-vereador, deputado municipal
João Gaspar Gomes Alves – ex-presidente da Assembleia Municipal de Guimarães e da CPS PSD
Belmiro Jordão – ex-vereador e deputado municipal
César Teixeira – advogado, antigo presidente da CPS JSD, deputado municipal
Paula Damião – advogada, deputada municipal
Tiago Laranjeiro – estudante universitário, deputado municipal, vice-presidente da CPS JSD
Ana Vidal - empresária, ex-vereadora e deputada municipal, membro da CPS PSD
Alcino Sousa – deputado municipal, presidente da Junta de Freguesia de Mesão Frio
Armando Vidal – empresário, deputado municipal, presidente da Junta de Freguesia de Vermil
João Ribeiro – deputado municipal, presidente da Junta de Freguesia de Longos
Catarina Roriz Mendes – médica dentista, membro da mesa da JSD Guimarães

quarta-feira, 17 de março de 2010

Discurso de Rui Vítor Costa na apresentação da Comissão de Honra de Guimarães




Discurso de Rui Vítor Costa, mandatário concelhio de Paulo Rangel, aquando da conferência de imprensa de apresentação da Comissão de Honra vimaranense.

Portugal atravessa um momento particularmente difícil da sua História.

Às questões económicas e sociais difíceis que hoje atravessamos – e que seriam por si só suficientes para a nossa profunda preocupação – junta-se, em Portugal, uma falta de confiança generalizada dos portugueses no seu próprio Estado. Uma falta de confiança na Política, na Justiça, e noutras instituições nucleares que paralisa o país e que tolhe a proverbial capacidade deste povo com 900 anos de História, fundado a partir de Guimarães, para sair do actual clima de apatia, medo e desconfiança.

Em alturas como esta que vivemos os inimigos da Democracia tentam desacreditá-la e atribuir as culpas da grave situação que vivemos à Política e aos políticos.
É um caminho possível, mas é um caminho sem saída que corrói a Democracia na sua alma, que a tenta desmerecer enquanto o “governo do povo” e que a deixa vulnerável aos inimigos da sociedade aberta, livre e plural.

O nosso país fundou-se e cresceu não só por força da guerra, mas também – e sobretudo - pela habilidade política dos seus governantes.

Mais recentemente, no 25 de Abril, Portugal soube construir pela via política uma Democracia que trouxe liberdade, modernidade e mais equidade.

É altura de olhar para a actual situação política em que o país está não como um beco sem saída, mas como uma oportunidade para, nas dificuldades que actualmente enfrentamos, construirmos um país melhor e com futuro.

Deve-se ao PSD algumas das maiores conquistas da nossa Democracia. A devolução à sociedade civil do poder, a modernização do país e o progresso que alcançamos tem no PSD o seu principal impulsionador. Foram os governos de Sá Carneiro que libertaram o país da tutela militar e das derivas totalitárias, foram os governos de Cavaco e Silva que modernizaram o país e o transformaram num país mais justo e mais próximos dos padrões europeus.

A herança que o PSD nos deixou nas últimas décadas de Democracia é por isso uma boa herança. E é sobretudo uma herança que nos deve dar fé para o futuro.

E nestes tempos de descrença é importante que o PSD lidere e saiba liderar e reconquistar a confiança dos portugueses em si próprios. Não é a confiança dos portugueses no PSD que nós devemos procurar, mas sobretudo a confiança dos portugueses em si mesmos que deve ser a nossa batalha política. O resto virá por acréscimo.

Por isso estas eleições directas são tão importantes. E por isso, não desmerecendo os outros candidatos, entendemos que o Dr. Rangel é o melhor candidato que o PSD pode apresentar a Portugal para liderar o país numa nova rota que rompa com o actual estado de coisas, com o actual desgoverno em que o PS tem mergulhado o país.

Não são apenas as extraordinárias capacidades políticas do Dr. Paulo Rangel, que garantiram ao PSD uma importante vitória eleitoral e o afirmaram como um notável líder do grupo parlamentar, que o recomendam. Não. São sobretudo as suas capacidades pessoais que o tornam o líder ideal para o PSD: a sua coragem, a sua determinação e a sua vontade de romper com o actual apodrecimento do nosso sistema político são a sua marca pessoal que o país precisa para sair deste ciclo de descrença e de descrédito.

Portugal precisa de um novo rumo que não mascare as dificuldades, que não use a meia-verdade, ou mesmo a mentira, mas de um rumo que assuma uma nova postura, decidida, verdadeira e corajosa, que motive os portugueses a conquistar o futuro que vem sendo (estupidamente) desbaratado ao longo dos últimos 15 anos.

Damos hoje a cara pelo Dr. Paulo Rangel porque acreditamos que ele é a solução para Portugal; e que tem a capacidade de unir em torno de si os portugueses.

Poderíamos “ficar no sofá” ou alinharmos pela táctica. Não faremos nem uma coisa, nem outra.

O PSD e Portugal não se compadecem, hoje, com tibiezas ou calculismos. Portugal precisa de romper com este estado de apatia e desesperança em que vivemos. É altura de reconstruir, como em outras alturas da nossa História, o nosso país. E é no exemplo da sua História, quando os nossos governantes decidiram romper com o marasmo, que devemos arranjar as forças e o exemplo para construir um novo e melhor futuro.

Rui Vítor Costa

As razões da minha candidatura

Portugal vive hoje circunstâncias dramáticas. A situação financeira é muito delicada, a estagnação da nossa economia é evidente, tal como o crescimento desenfreado do desemprego, com graves consequências sociais.

A autoridade e o prestígio das nossas instituições políticas tem vindo diminuir, degradando-se, em cada dia que passa, a confiança dos cidadãos no Governo do país. Até o poder judicial vive tempos de desgaste continuado, suscitando cada vez menos confiança no povo e na opinião pública.

A história do PSD fez-se do chamamento das gerações que, em cada momento, são capazes de provocar e levar por diante as rupturas necessárias. A situação é de tal forma grave que é necessária uma nova ruptura, que terá de ser liderada pelo PSD. Já não se trata de “normalizar” a democracia civil, ou libertar o país do colectivismo de Estado. Mas sim de LIBERTAR O FUTURO DE PORTUGAL. Libertar o futuro dos compromissos e bloqueios que o PS tem vndo e continua a criar, ao longo de quinze anos de governação socialista.

Com o endividamento existente, com os investimentos megalómanos assumidos, o futuro das novas gerações estará comprometido. O nosso primeiro objectivo, por isso, é criar condições para libertar o futuro dos encargos até aqui contraídos.

Para isso é necessário romper com uma política económica baseada no endividamento e que não percebeu as consequências da integração na moeda única. Apostar na inovação e no desenvolvimento, aproveitando a energia dos seus empreendedores e exportadores.

Esta situação não pode continuar. É preciso fazer um corte, uma clarificação, uma ruptura. No actual estado de coisas, JÁ NÃO BASTA MUDAR, É PRECISO ROMPER. Candidato-me por estar convicto que posso liderar um projecto de ruptura com este caminho de inércia e apatia para o abismo de um país endividado e sem horizontes para as gerações presentes e futuras.
Este projecto é uma tarefa de todos e de cada um. Um projecto aberto, que terá de chegar primeiro aos militantes, estender-se aos simpatizantes e abranger até os cidadãos que em casa, na rua, no trabalho, nos blogues estão preocupados com o seu país. Não dispomos de exércitos alinhados, nem compromissos com estruturas partidárias ou com personalidades gradas do partido. É uma candidatura desprendida, aberta igualmente a todos porque solitária. Uma candidatura aberta a dialogar agora com as bases, as estruturas partidárias distritais e concelhias, as personalidades históricas.

Nesse sentido, vem a ser uma candidatura de unidade: não faz acepção de pessoas, não discrimina as pessoas do chamado aparelho das pretensas elites, não menoriza os simpatizantes em face dos militantes, não discrimina social ou regionalmente os votantes do PSD, não assenta em divisões geracionais de idade ou de anos de militância.

Todos são precisos para formar uma VERDADEIRA PLATAFORMA DE VONTADES, UM MOVIMENTO POLÍTICO NACIONAL ABERTO E VOLUNTÁRIO. Acredito que é possível refundar a política em Portugal, que é viável lavar a honra da nossa democracia, restabelecer a dignidade das nossas instituições, sanear a nossa credibilidade externa, dar um horizonte de vida e de vida com bem-estar aos portugueses.

Paulo Rangel