quarta-feira, 17 de março de 2010

As razões da minha candidatura

Portugal vive hoje circunstâncias dramáticas. A situação financeira é muito delicada, a estagnação da nossa economia é evidente, tal como o crescimento desenfreado do desemprego, com graves consequências sociais.

A autoridade e o prestígio das nossas instituições políticas tem vindo diminuir, degradando-se, em cada dia que passa, a confiança dos cidadãos no Governo do país. Até o poder judicial vive tempos de desgaste continuado, suscitando cada vez menos confiança no povo e na opinião pública.

A história do PSD fez-se do chamamento das gerações que, em cada momento, são capazes de provocar e levar por diante as rupturas necessárias. A situação é de tal forma grave que é necessária uma nova ruptura, que terá de ser liderada pelo PSD. Já não se trata de “normalizar” a democracia civil, ou libertar o país do colectivismo de Estado. Mas sim de LIBERTAR O FUTURO DE PORTUGAL. Libertar o futuro dos compromissos e bloqueios que o PS tem vndo e continua a criar, ao longo de quinze anos de governação socialista.

Com o endividamento existente, com os investimentos megalómanos assumidos, o futuro das novas gerações estará comprometido. O nosso primeiro objectivo, por isso, é criar condições para libertar o futuro dos encargos até aqui contraídos.

Para isso é necessário romper com uma política económica baseada no endividamento e que não percebeu as consequências da integração na moeda única. Apostar na inovação e no desenvolvimento, aproveitando a energia dos seus empreendedores e exportadores.

Esta situação não pode continuar. É preciso fazer um corte, uma clarificação, uma ruptura. No actual estado de coisas, JÁ NÃO BASTA MUDAR, É PRECISO ROMPER. Candidato-me por estar convicto que posso liderar um projecto de ruptura com este caminho de inércia e apatia para o abismo de um país endividado e sem horizontes para as gerações presentes e futuras.
Este projecto é uma tarefa de todos e de cada um. Um projecto aberto, que terá de chegar primeiro aos militantes, estender-se aos simpatizantes e abranger até os cidadãos que em casa, na rua, no trabalho, nos blogues estão preocupados com o seu país. Não dispomos de exércitos alinhados, nem compromissos com estruturas partidárias ou com personalidades gradas do partido. É uma candidatura desprendida, aberta igualmente a todos porque solitária. Uma candidatura aberta a dialogar agora com as bases, as estruturas partidárias distritais e concelhias, as personalidades históricas.

Nesse sentido, vem a ser uma candidatura de unidade: não faz acepção de pessoas, não discrimina as pessoas do chamado aparelho das pretensas elites, não menoriza os simpatizantes em face dos militantes, não discrimina social ou regionalmente os votantes do PSD, não assenta em divisões geracionais de idade ou de anos de militância.

Todos são precisos para formar uma VERDADEIRA PLATAFORMA DE VONTADES, UM MOVIMENTO POLÍTICO NACIONAL ABERTO E VOLUNTÁRIO. Acredito que é possível refundar a política em Portugal, que é viável lavar a honra da nossa democracia, restabelecer a dignidade das nossas instituições, sanear a nossa credibilidade externa, dar um horizonte de vida e de vida com bem-estar aos portugueses.

Paulo Rangel

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