quarta-feira, 24 de março de 2010

Discurso de Francisca Almeida na apresentação da moção de estratégia global


Desde que sou militante do Partido Social Democrata, e descontando o período de militância exclusiva na JSD, o PSD já apresentou ao país 5 diferentes líderes. E enquanto se ocupava destas lutas internas, os sucessivos Governos do Partido Socialista desgovernaram o país.

O Resultado está há vista: temos hoje um país fortemente endividado, um país onde a taxa de desemprego já vai além dos dois dígitos, um país de fortes assimetrias regionais e sociais, um país sem rumo em áreas tão estruturais como a educação, a justiça, o desenvolvimento regional. Mais: temos hoje um primeiro- ministro que, sucessivamente, falta à verdade aos portugueses e que é o primeiro a contribuir para descredibilizar Portugal e a política portuguesa, já que sobre o PM paira o anátema de ver o seu nome envolvido, de uma forma ou de outra, nos mais mediáticos processos judiciais de controlo dos meios de comunicação social.

Raras vezes Portugal terá precisado tanto do Partido Social Democrata. O país está de olhos postos nas próximas eleições directas, o país, e em especial os jovens Portugueses, estão a olhar para o PSD na ânsia que o dia 26 traga consigo um renovado fôlego de esperança.
A realidade dos jovens portugueses é hoje particularmente difícil, o futuro da nossa geração é insustentavelmente incerto!
Portugal convive hoje com uma das maiores taxas de desemprego de que a juventude portuguesa tem memória. O desemprego jovem atingiu o maior número de sempre no quarto trimestre de 2009, representando mais de 20% da população activa com menos de 25 anos. Os jovens universitários portugueses são mais afectados pelo desemprego de longa duração do que a média dos universitários desempregados nos restantes países da OCDE.
Mais: a escola laxista e facilitista do Governo Socialista coarcta-lhes mais possibilidades do que aquelas que lhes oferece: não é certamente por acaso que segundo um estudo recente da OCDE, a mobilidade social em Portugal em termos educacionais e salariais é das mais fracas entre os países-membros.

E perante este estado de coisas o que faz o Governo do Eng. José Sócrates? Alaga o ensino obrigatório para o 12.º ano?! É esse o factor diferenciado e gerador de oportunidades para os jovens portugueses? Não é certamente, caros amigos e companheiros.
Serão então os Inov’s ou os estágios na Administração Pública, que começam logo com um fim à vista e supõe uma realidade nem sempre transponível e valorizada no sector privado – garantidamente, também essa não é a solução.

Os jovens portugueses já quase conseguiram esquecer que a possibilidade efectiva de construírem um percurso pessoal e profissional no seu próprio país - e dentro do seu próprio país, na sua cidade ou região - não pode nem deve ser vista como um mero golpe de sorte. É, outrossim, um direito elementar de que foram desapossados no curso de praticamente 15 anos de governação socialista.
Portugal vem desperdiçando a uma velocidade avassaladora aquilo que tem de mais precioso: os jovens que formou e qualificou para assegurarem o nosso progresso e desenvolvimento enquanto país e que estão paulatinamente a deixar-nos naquela que é já a maior vaga de emigração desde os anos 60.

Um Governo – qualquer que ele seja – não pode nunca perder de vista que o desvio dos nossos jovens, para o estrangeiro ou mesmo para os grandes centros urbanos, constitui o maior factor de empobrecimento de uma região e de um país, e porventura até o que mais fortemente compromete e condiciona o progresso, o desenvolvimento e com isso o bem-estar das gerações futuras.

E por isso, eu pergunto: que projecto pode ser mais aliciante para a juventude portuguesa do que aquele que elege como principal propósito e objectivo o de libertar a minha - a nossa - e as gerações futuras do peso do endividamento que nos aprisiona num dia-a-dia sem oportunidades?
Que projecto pode ser mais mobilizador para os jovens portugueses do que aquele que visa justamente libertar o futuro e restituir-lhes o direito ao sonho e à ambição? Que se propõe devolver-lhes o direito a viverem num país que não condiciona à partida as suas aspirações, um país onde não sintam que a sua capacidade de projectar o futuro está tolhida por um status quo que não os deixa progredir.
Não é por acaso que o Paulo Rangel é o mais jovem de todos os candidatos e é também o único a eleger os jovens e a juventude portuguesa como o desígnio prioritário da sua candidatura.

O propósito de libertar a nossa geração da hipoteca que nos aprisiona o futuro, a ruptura com a escola laxista e amplificadora das desigualdades sociais, a par da aposta clara e inequívoca num ensino profissional que desmistifica de uma vez por todas o sacro-santo entendimento de que um país desenvolvido é um país de doutores e engenheiros, são parte de um projecto político claro e sustentado que desvenda uma luz de confiança para a juventude portuguesa.

“Libertar o Futuro” é já mais que o lema de uma candidatura, é a expressão da esperança para milhares de jovens perdidos num Portugal amorfo, num Portugal em degenerescência, num país sem oportunidades.

Francisca Almeida, discurso feito na apresentação da moção de estratégia global de Paulo Rangel.

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